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Autora de Frankenstein escrevia com uma cobra no pescoço

Não é sacanagem, não, era uma cobra mesmo

A escritora Mary Wollstonecraft Shelley nasceu em Londres em 30 de agosto de 1797 e morreu na mesma cidade no dia 1° de fevereiro de 1851; Ficou conhecida como Mary Shelley ao escrever em 1818 o famoso romance gótico Frankenstein: ou O Moderno Prometeu.

A história que conto aqui está no livro Recipes for Good Luck: The Superstitions, Rituals, and Practices of Extraordinary People (Receitas de Boa Sorte: As Superstições, Rituais e Práticas de Pessoas Extraordinárias, em tradução livre). A autora e ilustradora é Ellen Weinstein. Já falamos deste livro aqui.

No livro, Ellen afirma que a escritora Mary Shelley, autora do mega ícone cultural Frankenstein, escrevia com uma jiboia-constritora em volta do pescoço e interpretava os movimentos da bichinha como instruções para continuar escrevendo ou encerrar o dia.

Mary Shelley e seu colar de jiboia-constritora. Na imagem aparece uma serpente, eu sei, mas foi feita em photoshop só para dar um clima.

O mais interessante é que a jiboia-constritora (Boa constrictor), apesar de ser dócil e não-peçonhenta, como o nome já diz, mata envolvendo o corpo de suas presas, sufocando-as. Foi uma boa escolha de Mary, realmente.

Parece que o processo era simples: quando a cobrinha não gostava de alguma parte, dava uma apertadinha. Por isso, imagino que tem muito escritor por aí que não poderia se utilizar desta técnica pois não sobreviveria ao primeiro capítulo.

Dizem também que o asfixiamento aumenta o prazer no orgasmo, o que sinceramente não sei se ajuda ou atrapalha a escrever um livro. Provavelmente, as duas coisas.

Fico imaginando a romancista comentando com amigos como foi escrever um de seus livros. “Foi o maior sufoco”, diria Mary.

Entretanto…

Após extensas pesquisas na internet, não encontrei nenhuma outra fonte que sequer toca de leve nesta incrível história. Então, é muito provável que seja uma invenção de Ellen Weinstein. E quem se importa?

 

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Lena Feil

Gaúcha de nascimento e cidadã do mundo por opção, é formada em Desenho Industrial e Psicologia, é feminista e pensadora em período integral. Usa o cérebro para entender o cérebro. Estudiosa do comportamento e da criatividade, entusiasta da vida, viciada em novidades, em filosofia, no ser humano e em coisa mundanas também. É absolutamente fascinada por crianças, adora café, ama viajar, é geralmente divertida, e – às vezes – esnobe. Hoje, atua com Coolhunter do Portal Mentes Criativas, sempre em busca do que existe de mais subversivo, inteligente e relevante em todas as partes do mundo.

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