Exercícios CriativosItália

PARE e crie intervenções em placas de trânsito

O artista urbano Clet Abraham te ensina como

Informações
  • Material: Imagens de placas de trânsito, computador com programas gráficos ou papel e caneta colorida
  • Tempo: livre
  • Após terminar, leia o que você aprendeu com ele
  • Poste as placas que preferir nos comentários
  • Se tiver coragem, adesive uma placa de verdade, fotografe e poste aqui

Estava caminhando pelas ruas de Roma quando avistei uma placa de trânsito que me chamou a atenção. Fiquei curioso em saber se aquela placa inusitada era resultado de interferência de um artista de rua ou uma iniciativa da própria prefeitura romana. Ao pesquisar, descobri Clet Abraham e sua história.

Clet é um artista francês, nascido em 1966, mas vive há mais de 20 anos na Itália. Obteve o diploma na Ecole des Beaux-Arts de Rennes e no início da década de 1990 mudou-se para Roma e depois para Florença, onde trabalhou como restaurador de móveis antigos e como pintor e escultor.

Clet Abraham em ação

Ele faz interferências em placas de trânsito, com adesivos ou spray, criando novos significados. Sua visão é humanista, crítica e provocadora, mas sempre marcada com um claro senso de humor.

Sua filosofia não é destruir, arruinar ou invadir os espaços, mas propor reflexão e discussão sobre a obediência do cidadão comum às leis impostas pela autoridade constituida.

“Eu não estrago as placas porque uso adesivos. Eu chamo atenção e crio um diálogo.” Clet Abraham

Hoje seu trabalho ganhou dimensão e podemos encontrá-lo em Florença, Milão, Roma, Verona, Londres, Viena e até algumas cidades do Estados Unidos e Japão.

Mas a vida de Clet não é fácil. Ele trabalha a noite, quando as chances de ser pego são menores, porque suas ações muitas vezes são consideradas ilegais.

Ao questionar os princípios da obediência em lugares onde a autoridade é autocrítica, seu trabalho permanece. O prefeito do 13º distrito de Paris ficou tão encantado com sua arte que decidiu até colaborar.

Já onde o senso de humor é um produto raro, suas interferências são removidas rapidamente. Em Osaka, no Japão, sua namorada passou seis meses na prisão acusada de vandalismo.

Visite o instagram dele para conhecer melhor o seu trabalho.

 

|  Seu desafio  |

IMPORTANTE: Faça o exercício antes de ler o que aprendeu com ele.

  • Procure na internet as placas de trânsito utilizadas em nosso país.
  • Estude o trabalho de Clet Abraham para utilizar como aprendizado e referência.
  • Crie interferências no maior número de placas possível.
  • Escolha as que gostar mais e poste abaixo.
  • Se tiver coragem, adesive uma placa de verdade, tire uma foto e poste aqui. Proibido photoshop!

O que você aprende com este exercício

Toda vez que você precisar abstrair o significado de alguma coisa para produzir um novo significado, seu cérebro estará “aprendendo” a se despojar dos padrões e do senso comum para enxergar novas possibilidades, ou seja, estará se desenvolvendo criativamente.

Tudo pode ser modificado e propor novos significados. Não existe nada imutável.

Produzir interferências em padrões muito conhecidos, como as placas de trânsito, faz com que a receptividade das pessoas seja maior. Se a interferência for interessante e compreensível, claro. A placa é conhecida e a interferência também. As duas precisam ser conhecidas do público-alvo, senão não entenderão e não considerarão o trabalho criativo.

Muitas vezes suas ideias podem ser consideradas inadequadas, inaceitáveis e, como no caso do Clet, ilegais. Quanto mais original a ideia, mais profundamente estará desafiando uma ou mais crenças. Essa é uma reação natural, portanto, precisamos estar atentos até onde desejamos avançar e as consequências que provavelmente iremos enfrentar

 

Fonte
Instagram do Clet
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Amaral, o amoral

Entidade que habita nosso cérebro com a capacidade de pensar em qualquer coisa, sem julgamento. Um ser amoral, separado de nossa consciência, nossas crenças e visão de mundo. Graças ao Amaral, conseguimos criar sem a preocupação de estarmos indo contra a nossa própria lógica, ignorando tranquilamente os conceitos de "certo" e "errado".

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