Ensinamentos de São Magaiver

Todo criativo é um jogador de pôquer

Não existem certezas e garantias no processo criativo. E essa é a graça do jogo

O criativo é um jogador. Ele se arrisca o tempo todo e nem sempre consegue atingir seus objetivos. Mas não tem jeito: não existe Criatividade sem riscos. Não existe a Criatividade segura. A Criatividade infalível.

É preciso aprender a conviver com todas as possibilidades que nos cercam. Quem não se arrisca não cria. Pelo simples fato de que a Criatividade pressupõe novidade, pressupõe quebra de padrões. Por mais experiência que você tenha, nunca vai conseguir saber o que vai atingir as pessoas ou não. A vida e o mundo são elementos muito dinâmicos, mudam a cada segundo e o que deu certo hoje não necessariamente vai dar certo amanhã, nem pode ter dado certo ontem.

Por isso a Criatividade pode ser considerada um jogo de azar, como pôquer, por exemplo. O jogador de pôquer profissional conhece muito bem o jogo, mas não depende, nem pode depender muito da sorte. Se esse é o seu sustento, se ele depender apenas da sorte, vai ter muitos problemas financeiros.

O que diferencia um jogador profissional de pôquer e o jogador amador é que o primeiro sabe o que fazer diante de circunstâncias diversas. O que não quer dizer que não perca muitas vezes. A diferença é que ele sabe que o fato de ter uma boa mão não garante que puxe as fichas. Da mesma forma que uma mão ruim não o condena inexoravelmente à pobreza.

O jogador profissional de pôquer não depende tanto das cartas, mas da análise do contexto, das pessoas envolvidas e de sua capacidade de lidar com as situações inusitadas que se lhe apresentam.

O bom jogador de pôquer utiliza suas habilidades para tentar vencer em todas as circunstâncias e não apenas quando a “sorte” estiver lhe favorecendo. Sua capacidade de observação e criatividade fazem com que ele potencialize seu desempenho.

Da mesma forma é o trabalho criativo. Ele potencializa nossas possibilidades na vida, mas não garante, absolutamente, o sucesso. Por isso, devemos tomar alguns cuidados ao nos relacionarmos com as ideias que criamos.

Então, o que fazer?

Excesso de confiança pode ser fatal por nos deixar cegos para detalhes que podem ser importantes e decisivos. A soberba despreza o imponderável e ignora surpresas. Mesmo que acredite que tem uma ideia matadora em suas mãos, nunca subestime o fato de que ela pode simplesmente não funcionar quando colocada em prática. Então, seja responsável, seja detalhista, seja desapegado, seja ponderado. De que adianta uma mão com 4 ases se você não conseguir ganhar o máximo com ela. E pior: a prepotência pode fazer você perder todo o seu cacife. Você precisa confiar em suas ideias, mas nunca se deixe cegar por elas.

Da mesma forma, a falta de confiança, o medo de arriscar, de apostar pesado quando a mão parece não ser das melhores, faz com que o jogador amador jamais alce grandes vôos. Nunca devemos descartar totalmente uma ideia. Uma boa ideia nem sempre aparenta sua verdadeira força num primeiro momento. Tudo depende das circunstâncias. Por isso é importante ser cuidadoso, mas é fundamental acreditar na sua ideia, e, mais importante, fazer com que os outros também acreditem.

Conclusão: para vencer no mundo das ideias é preciso ter coragem e confiança na medida certa. Pode apostar.

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São Magaiver

Santo protetor da Criatividade e da capacidade de nos adaptarmos à novas situações de maneiras inusitadas. Ele é o mestre das soluções de problemas, um verdadeiro modelo de comportamento no que diz respeito à utilização do que se tem a mão para resolver problemas dos mais diferentes tipos.

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