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O riff mais famoso da história do rock foi criado por Beethoven ou Carlinhos Lyra?

Plágio, coincidência ou armadilhas do inconsciente?

Smoke On The Water é aquele riff que todo mundo conhece e que é celebrado como um dos melhores e mais famosos da história. Apesar de os créditos serem para Richie Blackmore, guitarrista da banda Deep Purple, duas versões podem ser encontradas em outras músicas.

Segundo o próprio Blackmore, sua ideia foi pegar a Quinta Sinfonia de Beethoven e tocar ao contrário. Ele até brinca dizendo que deve muito dinheiro ao músico. Mas, se você tocar a música ao contrário, vai ver que ele pode ter se inspirado nas notas – a primeira metade de fato é igual -, mas o resto não se parece nada.

Por outro lado, a música Maria Quiet, de Carlinhos Lyra, Norman Gimbel e Vinícius de Moraes é absolutamente idêntica. No ritmo de bossa nova, claro, mas as notas estão todas lá. O riff inteiro e não apenas uma parte.

A questão de plágio ou não é sempre muito controversa. Neste caso, por exemplo, a música dos brasileiros foi criada em 1962 e lançada em 1964 nesta versão da Astrud Gilberto. Já Smoke On The Water foi lançado em 1972.

Afirmar categoricamente que foi plágio é impossível. Uma coisa muito comum é a gente ouvir uma música, uma frase, uma ideia e esquecer. Mas, a informação ficou guardada em nosso subconsciente. Um belo dia você acorda e ouve na cabeça aquela melodia, aquela fase, aquela ideia. E é perfeitamente compreensível que você acredite que a ideia é sua. Daí a confusão.

Bem, plágio ou não, Richie Blackmore na verdade está devendo um caminhão de dinheiro é para os brazucas. Mas agora é tarde. Essa já virou fumaça sobre a água.

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Lena Feil

Gaúcha de nascimento e cidadã do mundo por opção, é formada em Desenho Industrial e Psicologia, é feminista e pensadora em período integral. Usa o cérebro para entender o cérebro. Estudiosa do comportamento e da criatividade, entusiasta da vida, viciada em novidades, em filosofia, no ser humano e em coisa mundanas também. É absolutamente fascinada por crianças, adora café, ama viajar, é geralmente divertida, e – às vezes – esnobe. Hoje, atua com Coolhunter do Portal Mentes Criativas, sempre em busca do que existe de mais subversivo, inteligente e relevante em todas as partes do mundo.

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